Relatos de um acidente.
Trauma na medula.
Lição de Vida
17/04/2012
Alegria, felicidade e muito amor. Essa sou eu (Flaviana).
Uma pessoa com muita coragem e determinação. Jovem brasileira de 33 anos e aos
32 sofri um acidente na piscina e tive tetraplegia instantânea.
Em uma tarde de sábado na cidade de Itabirito comemorando a
gravidez de uma amiga num determinado clube da cidade, aconteceu o que eu nunca
imaginei. Ao dar um mergulho saltei de ponta na parte mais rasa da piscina e
sofri uma lesão medular, na altura da vértebra C6 com comprometimento total da vértebra.
O impacto foi tão violento que a fratura foi do tipo explosão, restando somente
fragmentos de ossos. Com o impacto tive comprometimento da C4, C5, C6 e C7,
perdendo os movimentos de pernas e braços. A partir desse momento comecei uma
nova vida e mal sabia que transformaria a vida de muita gente.
Ao chegar ao hospital Biocor de Belo Horizonte fui assistida
por profissionais exemplares, mas o que eu não imaginava é que Deus preparava
um anjo especial para vir ao meu encontro.O Dr. Rogério Lúcio Chaves de Resende que fez
toda a diferença na minha vida. Muito
profissional e humano o Dr. Rogério junto com todo o corpo clinico realizou a
primeira cirurgia para a descompressão da medula. Fui pra sala de cirurgia
sorrindo e confiante mesmo sabendo de todos os riscos. O milagre estava por vir.
Não perdi a fé em momento algum porque sabia que Jesus me carregava no colo
naquele instante.
Dias depois do acidente e da cirurgia, senti os meus pés. Foi
emocionante. Agradecia a Deus e chorava de felicidade o tempo todo!
Tranquei a faculdade de Engenharia e de Administração e me
vi numa cama dependente de tudo e de todos. Foi difícil! Mas com o amor de
amigos e familiares eu consegui superar todas essas dificuldades. Os primeiros
passos eram rastejantes e alimentar era penoso porque a dor na garganta era muito forte.
Assim que recuperei a imunidade marquei a segunda cirurgia.
Confesso que tive medo de morrer.
Despedi de todos como se eu não fosse voltar pra casa. Meu
coração entristeceu quando entrei pra sala de cirurgia e tive que deixar mãe,
pai e meu marido do lado de fora e saber que talvez nunca mais pudesse vê-los.
Recarreguei minhas energias quando vi o Dr. Rogério Resende
na minha frente. Parecia um anjo! Eu o vi tão iluminado e ele conversou comigo
me enchendo de esperança e ele disse que “o milagre já havia acontecido agora
fique tranquila”.
A segunda cirurgia foi um sucesso! Tive reações da anestesia
e remédios que foram cessadas horas depois. Foram fixados um Cage e 10
parafusos na coluna cervical, quatro na região anterior e seis na posterior.
Enfim, as dores ainda são constantes, mas quando me lembro
de tudo que passei elas se tornam pequenas. Vivo em meio a tratamentos
fisioterápicos recuperando os meus movimentos que graças a Deus estão
voltando. Tristeza? Desânimo? De jeito nenhum! Sinto que fiquei mais doce,
leve e cheia de vida! Afinal, tive mais uma chance!
MILAGRES ACONTECEM!!
Amigos Tenham fé!
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Mergulho em água rasa é a segunda causa de lesão medular no país
No ranking das causas de lesão medular, o mergulho em água rasa ocupa o quarto lugar, no entanto, durante o verão, ele passa a ocupar a segunda posição, em razão de, neste período do ano, tornar-se mais frequente a procura por opções de lazer que têm como cenário piscinas, cachoeiras, mares, rios e lagos.
Paraplegia (paralisia das pernas), tetraplegia (paralisia de braços e pernas) e problemas neurológicos (traumatismo crânio encefálico) são as consequências mais graves dos acidentes que envolvem o mergulho em água rasa. Diante desse quadro, a informação torna-se a melhor estratégia para combater-se a incidência desse tipo de ocorrência. Faz-se necessário não somente alertar, de maneira pontual, ou seja, apenas na estação mais quente do ano, como também criar formas permanentes de educar as pessoas para a gravidade do problema.
O grupo mais suscetível a esses tipos de traumas são as crianças, os adolescentes e os adultos com até 30 anos de idade. Um mergulho mal calculado pode ser suficiente para deixar uma pessoa paralisada pelo resto de sua vida. O choque da cabeça com uma superfície rasa ou na qual haja pedras ou bancos de areia, decorrente de um salto de uma grande altura, faz com que o pescoço seja dobrado ao mesmo tempo em que o resto do corpo continua a se mover, provocando a fratura de uma das vértebras. Tal fratura pode comprimir a medula espinhal e causar a perda de sensibilidade e de movimentos abaixo do nível atingido.
Agravantes
Acidentes dessa natureza costumam, com frequência, estarem relacionados ao consumo de álcool e/ou drogas, o que faz com que a pessoa perca completamente a capacidade de julgamento quanto aos riscos a que está se expondo.
Socorro
O socorro do acidentado é fator determinante para o não agravamento do quadro de saúde da vítima, haja vista que a manipulação incorreta do acidentado pode contribuir para a piora do seu estado. Nessas circunstâncias, o mais adequado é aguardar o socorro especializado. De todo modo, como em muitos casos a pessoa ainda está na água, é importante que ela seja imobilizada dentro do próprio rio, piscina etc. Para isso, deve-se improvisar uma prancha, utilizando-se uma tala (de madeira ou outro material qualquer) para evitar o deslocamento do pescoço.
A tábua deve ser colocada na região entre as costas e a cabeça e ser apoiada, nos lados, por toalhas ou camisetas dobradas, e uma faixa, que pode ser improvisada com um cinto, (dentre outros materiais) que deve ser passado nas regiões da testa e da cintura da vítima. Em nenhuma hipótese, deve-se testar os movimentos do acidentado, uma vez que se pode aumentar ainda mais a lesão na coluna. Afastado o risco de afogamento, é importante acalmar a vítima até que o socorro chegue.
Dicas de prevenção
Não mergulhe em locais desconhecidos.
Informe-se sobre a profundidade do local em que pretende nadar.
Entre primeiro no local, sem mergulhar.
Evite brincar de empurrar amigos para dentro de lagos, poços, cachoeira ou mar.
Não consuma álcool ou drogas.